Quando observamos que uma criança
pequena está apresentando dificuldades em seu desenvolvimento, como por
exemplo, atraso para caminhar ou atraso para falar, devemos ficar atentos, pois
estes são os primeiros sinais de que algo não vai bem. Assumir que algo não vai
bem não é muito fácil, sendo que por trás dessa afirmação vem toda uma ideia de
que então os pais falharam na educação que forneceram aos seus filhos. Não
gosto de pensar por este raciocínio, sabendo que aprendemos a ser pai e mãe com
nossos próprios genitores, logo, num primeiro momento iremos seguir o modelo de
pai e mãe que tivemos. Mas e será que foi um modelo ideal? Quando criança, meus
pais me possibilitavam diversas oportunidades de aprendizado, me incentivavam a
ser mais autônomo, me estimulavam para que meu desenvolvimento fosse saudável?
Pois nem sempre foram essas as experiências que tivemos em nossa infância e
possivelmente é o que conseguiremos repassar para nossos filhos, a não ser que
nos propusermos a nos analisar (fazendo terapia mesmo) e assim encontrar outros
caminhos para seguir (que não sejam necessariamente o mesmo que os pais
escolheram) ou então contarmos com a ajuda de profissionais que nos auxiliam a
compreender os acontecimentos do universo infantil. Mas a boa notícia é que depois
que for detectada e assumida a dificuldade apresentada pela criança, sempre se
terá o que fazer para que a mesma consiga superar os obstáculos e então
progredir, se ela tiver a ajuda necessária. Não existem pais bons ou pais ruins.
Não tem porque existir essa denominação. Existem sim pais que se preocupam de
fato com seus filhos e conseguem buscar ajuda quando reconhecem que também
precisam de apoio.
Laura Cristina Nardi Callegari
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