Muitas pessoas que são consideradas deficientes
geralmente são nomeadas como incapaz, imatura, anormal, retardada, coitadinha.
Estas formas de nominá-las podem desencadear menos possibilidades de interação social.
Como assim? Se considero uma pessoa incapaz, não vou pedir para que realize
certas atividades, também não converso muito com ela e não espero muito dessa
pessoa, pois se é deficiente, é assim mesmo, não sabe fazer nada, não entende
nada.
A descrença na possibilidade de
aprendizagem, a descrença nas capacidades dessas pessoas provoca o não
investimento social. Essas pessoas são consideradas não aprendentes e delas se
espera comportamentos e atitudes que confirmem essa descrença. Assim, essas
formas de tratamento acabam se transformando em profecias que se realizam.
Já está na hora da deficiência ser encarada de um
jeito diferente! Que as pessoas que apresentam alguma dificuldade de
aprendizagem ou que são consideradas deficientes, tenham mais oportunidades
para aprender o que todas as outras pessoas aprendem. Que comecemos, todos nós,
a olhar menos para o que falta, para o que não vai bem, para o que parece
falho.
Porque não é a síndrome de down, não é a deficiência,
não é a dificuldade que justifica a incapacidade de uma criança ou de um adulto
a aprender e a se desenvolver. As condições que são fornecidas a essas pessoas
é que farão toda a diferença em suas aprendizagens, em sua evolução, em seu
desenvolvimento. Fica um convite então: vamos investir mais e rotular menos!
Laura Cristina Nardi Callegari
lauracnardi@yahoo.com.br
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