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Aqui, gostamos de falar sobre histórias que deram certo... Histórias de superação das dificuldades, das deficiências, dos obstáculos... Se aprender é para todos, precisamos descobrir caminhos que abram as portas para o aprendizado... Sejam bem-vindos!





























quarta-feira, 6 de junho de 2012

Apostando nas capacidades...


Enquanto a maioria dos seres humanos se diverte, trabalha, aprende, conhece pessoas nos mais variados espaços sociais, o que as pessoas com deficiência têm feito? Será que elas têm ocupado os mesmos espaços que as outras e com a mesma constância? O que as pessoas com deficiência têm feito para se distrair nos momentos de lazer, nos momentos de descanso? Elas, em sua maioria, têm participado de eventos sociais, têm feito passeios em locais públicos, têm saído para se divertir com os amigos?

Tenho acompanhado a vida de algumas pessoas com deficiência, que freqüentam Escolas Especiais, e tenho observado que um dos únicos locais em que estas pessoas realmente convivem e onde possuem contatos sociais mais abrangentes é na escola. Poucos, ou raros, são aqueles que viajam, que participam de eventos na comunidade, que freqüentam academias, que vão a bares e danceterias com os amigos, que saem com vizinhos e amigos para tomar chimarrão e conversar.

Grande parcela dos sujeitos com deficiência vive suas vidas praticamente isoladas, mantendo uma rotina de vida ociosa. Eles pouco produzem, poucos lugares sociais ocupam, são apenas “deficientes”. E dessa forma, pouco aprendem, não porque a deficiência lhes impede de aprender, mas porque falta a oportunidade do aprendizado, falta a vivência do aprendizado.

Na correria do dia a dia talvez não tenhamos tempo para parar e refletir sobre como conquistamos determinados aprendizados como por exemplo ir a um restaurante e saber que lá tenho que me comportar diferente do que quando estou em casa. No restaurante tenho que solicitar o que quero comer, ou tenho que me servir em um buffet e por fim devo pagar por esse serviço.

Qualquer que seja a pessoa, somente saberá lidar com essa situação após ter vivenciado, após ter tido a oportunidade de estar lá no restaurante e ter a necessidade de aprender. Se a pessoa com deficiência até for ao restaurante, mas sempre tiver alguém que irá lhe servir no prato, que irá lhe dizer qual a quantidade deverá se servir, talvez não consiga aprender a ser um pouco mais independente.

Vamos apostar na capacidade de todos! Vamos permitir que todos aprendam!!!

Laura Cristina Nardi Callegari

lauracnardi@yahoo.com.br

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