Sejam bem vindos!

Aqui, gostamos de falar sobre histórias que deram certo... Histórias de superação das dificuldades, das deficiências, dos obstáculos... Se aprender é para todos, precisamos descobrir caminhos que abram as portas para o aprendizado... Sejam bem-vindos!





























quarta-feira, 6 de junho de 2012

Você trabalha na APAE?


            Minha experiência com o trabalho realizado em instituições de ensino especial me trouxe algumas inquietações sobre situações que acontecem na sociedade em geral. Uma dessas situações diz respeito à forma como a maioria das pessoas refere-se àqueles que freqüentam a APAE (Instituição de Ensino Especial destinada a pessoas com deficiência, sigla de Associação de Pais e Amigos de Excepcionais), sejam os alunos, sejam os profissionais, como eu própria ouço: “Você trabalha na APAE? Como é que você consegue? Eu não conseguiria, eu sinto muita pena deles”; “Vocês que trabalham na APAE têm o céu garantido”; “Você trabalha na APAE? Meu Deus, eu passo até mal de pensar em ficar perto daquelas crianças ‘tudo’ defeituosas”.

            Percebe-se na fala da maioria das pessoas o quanto é difícil para elas se aproximarem de um sujeito com deficiência e o quanto consideram notável o trabalho dos profissionais que atuam com este, não pela competência que possam ter, mas pelo fato de suportarem o convívio com o diferente. A forma como as pessoas consideradas normais representam, se relacionam, ou não se relacionam com as pessoas com deficiência sempre me inquietou, pois percebo que nesse imaginário circula o medo, o medo do diferente.

            Medo esse que acaba dificultando o contato entre as pessoas consideradas normais e as pessoas com deficiência, prejudicando conseqüentemente o desenvolvimento das mesmas pelas poucas oportunidades de aprendizado vivenciadas no contexto social.

            Esse medo do diferente poderá ser combatido conforme formos nos aproximando, conhecendo e interagindo com as pessoas com deficiência.  E o que antes nos parecia tão estranho, aos poucos vai fazendo parte da “normalidade” também.



Laura Cristina Nardi Callegari

lauracnardi@yahoo.com.br

Nenhum comentário: