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quarta-feira, 14 de novembro de 2012


ATENÇÃO COM OS EXCESSOS!

                Não é novidade para ninguém que tudo o que utilizamos em excesso é prejudicial. Beber um pouquinho em eventos sociais, tudo bem. Ingerir bebida alcoólica todos os dias é excesso. Comer um delicioso churrasco com um pouquinho daquela gordurinha que dá aquele sabor especial, de vez em quando, tudo bem. Alimentar-se diariamente com pratos muito calóricos é excesso e logo, logo, nossa saúde pagará o preço disso.

                Sou fã da internet em função de todas as facilidades e novas possibilidades que ela é capaz de nos proporcionar: conversar com maior frequência com pessoas que estão distantes, encontrar pessoas que há muito tempo não encontramos, preparar uma aula diferente com recursos tecnológicos disponibilizados na rede, etc.

                 Não tenho dúvidas de que a internet veio para ajudar. Porém, como tudo na vida, a utilização da internet deve ser dosada, comedida, principalmente em se tratando de crianças. Sabe-se que hoje em dia muitas crianças passam boa parte do tempo que estão em casa, em frente ao computador, jogando vídeo game e acessando os mais diversos sites.

                Em recente entrevista concedida ao Jornal Zero Hora a Neurocientista britânica Susan Greenfield afirmou que “internet em excesso pode fazer o cérebro regredir”. Ressaltou também que o cérebro de uma criança e de um adolescente são muito sensíveis e por isso se tornam vulneráveis ao ambiente externo.

                Susan ainda relatou que uma criança ou adolescente que ficam expostos por muito tempo a jogos podem ser acometidos pela supressão neurastênica (debilidade) de uma parte do cérebro que ainda está em desenvolvimento. “A consequência principal seria uma espécie de síndrome da falta de atenção. O sintoma mais comum é não ser capaz de se concentrar em uma coisa só e não ser capaz de viver no aqui e agora” (ZH).

                Após ler essas colocações, lembrei-me dos inúmeros casos de crianças que estão recebendo o famoso diagnóstico de “hiperatividade e déficit de atenção” e sendo medicadas com uma química que as coloca à força em posição de quietude e prontidão.

                Talvez poderíamos pensar que, quando falha a palavra adulta que diz o que pode e o que não pode e que desta forma dá um direcionamento a um pequeno ser que não vem pronto e precisa sim que lhes digam como as coisas funcionam; que quando falta a presença de um adulto que está disposto a servir como modelo, mostrando a criança que na vida há tempo para tudo inclusive para “estar junto” de quem se ama, então a “ritalina” seria necessária?

                Essas não são afirmações. São apenas indagações para que juntos possamos atentar para o que está sendo imposto de certa forma em nossa sociedade atual. Não podemos aceitar a tudo de forma acrítica. Não podemos cruzar os braços diante de uma realidade que não é natural. Natural é uma criança poder brincar e ser feliz em companhia das pessoas que ama e não ser rotulada como portadora de uma doença da qual somente um remédio poderá ajudá-la.

                Faço então um convite: vamos repensar em nosso dia a dia e verificar onde estão nossos excessos. Vamos analisar com atenção por quanto tempo nossas crianças estão sendo deixadas em frente ao computador, sem orientação, sem direcionamento. Vamos cuidar para que menos crianças precisem apresentar sintomas de “desatenção”. Vamos criar seres humanos mais inteligentes, conscientes, felizes e seguros.

Laura Cristina Nardi Callegari
Psicopedagoga
               

 

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