PRIMEIROS ANOS DE
VIDA: SINAIS DE ALERTA
Como
é bom poder acompanhar o desenvolvimento de uma criança que aos poucos vai
conquistando novos aprendizados e encantando seus familiares com suas proezas
desde muito cedo. O início do engatinhar, as brincadeiras, as primeiras
palavras, os primeiros passos. Porém, algumas crianças podem apresentar alguns
atrasos em seu desenvolvimento que merecem uma atenção especial.
Por
exemplo: com 1 ano de idade a criança ainda não caminha, não pronuncia nenhuma
palavra, apresenta um choro excessivo, pouco interage com brinquedos e
demonstra-se agitada ou muito apática. Sinal de que algo não vai bem e de que a
mesma está precisando de ajuda para poder se apropriar dos mesmos aprendizados
que as outras crianças da sua idade.
O
mais indicado para esses casos de atrasos no desenvolvimento é que a família
procure o quanto antes o auxílio de um especialista e que não se conforme com a
ideia de que é cedo e que com o tempo a criança irá aprender. Se ela não está
progredindo é porque precisa de ajuda e não porque é preguiçosa. E com 1 ano de
idade já é possível sim buscar um atendimento clínico.
O
trabalho realizado em clínica com bebês e crianças pequenas (até 3 anos de
idade) que apresentam atrasos no desenvolvimento, denominado estimulação
precoce, tem como objetivo favorecer o desenvolvimento dos aspectos
instrumentais (a linguagem, a psicomotricidade, o brincar, a socialização, a
aprendizagem, os hábitos da vida diária) e estruturais (o orgânico, o psíquico
e cognitivo). Ou seja, a criança é atendida como um todo, por um único
profissional.
As
sessões de atendimento acontecem com o terapeuta, a criança e a mãe e é através
do brincar que a criança terá a possibilidade de se descobrir como um sujeito
capaz de superar suas primeiras dificuldades, enquanto a mãe terá também um
lugar de escuta, amparo e orientação com
relação as suas dúvidas e angústias.
Quando
uma criança pequena tem a possibilidade de receber ajuda, o mais precocemente
possível, terá menos chances de apresentar dificuldades de aprendizagem no
período escolar (momento em que as exigências serão maiores em decorrência da
aquisição da leitura e escrita), pois os obstáculos que dificultam o progresso
do seu aprendizado poderão ser superados ou então atenuados.
Mas
quando se trata de crianças pequenas, muitas vezes as famílias esperam que as
dificuldades desapareçam com o passar do tempo e em muitos casos o que acontece
é que os problemas acabam agravando-se. O que poderia ser solucionado
precocemente ou amenizado se transforma em dificuldade permanente.
Então,
quando alguns sinais de alerta surgirem no desenvolvimento de uma criança, que
possamos estar atentos e levar a sério o que está se apresentando. E antes de
julgar que seja apenas uma dificuldade passageira, que se busque uma avaliação
com um profissional capacitado a fim de assegurar essa condição ou, se for o
caso, trabalhar com o que não está bem e assim permitir que a criança siga seu
percurso de forma mais saudável e feliz.
Laura Cristina Nardi Callegari - Psicopedagoga
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