E AS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA, ONDE ESTÃO?
Organizada
pela Comissão da Política Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência
aconteceu em Farroupilha, de 21 a 28 de agosto, a Semana das Pessoas com
deficiência, com o tema: “Em busca de igualdade. Estamos aqui!”.
O
tema por si só já nos diz muito sobre a situação em que se encontra a grande
parcela da população que possui algum tipo de deficiência, seja ela física, intelectual,
auditiva ou visual. À margem da sociedade alguns tentam fazer parte dos mesmos
círculos sociais que nós (pessoas sem deficiências mais aparentes). Outros, desencorajados, já não tentam mais,
ficam literalmente isolados.
No
isolamento, dentro de suas próprias casas, e sem ocuparem funções sociais que
lhes permitam sentirem-se úteis no seu dia a dia, começam a desenvolver doenças
mentais que agravam ainda mais a sua situação de possível inclusão na
sociedade. Surgem então atitudes estranhas e bizarras e as pessoas a sua volta
acreditam que isso acontece devido a sua deficiência, como sendo algo normal,
já esperado.
Não,
isso não é normal e nenhuma deficiência irá desencadear comportamentos
estranhos simplesmente pela deficiência. O contexto social, o ambiente onde
esse sujeito vive irá definir como será seu desenvolvimento, como serão suas
atitudes, exatamente como acontece com todas as outras pessoas. Afinal, quando
falamos de pessoas com deficiência, estamos falando de seres humanos que se
desenvolvem pela mesma lógica que os da mesma espécie.
Logo,
o que essas pessoas com deficiência precisam para manterem-se saudáveis mentalmente
é de atividades, ocupação, lazer, trabalho, como todos nós. Experimentem vocês
ficarem dentro de casa por meses a fio, sem exercer atividades laborais, sem
precisar se ocupar com atividades domésticas, sem necessitar sair de casa para
fazer compras, fazer pagamentos, se divertir com amigos.
Vocês
já devem estar concluindo: “eu iria enlouquecer”. Pois é isso mesmo que acontece
com aquelas pessoas com deficiência que ficam encerradas em suas próprias
casas. A loucura aparece, porque nossa mente precisa estar em constante
funcionamento para se manter saudável. Doenças fisiológicas também podem surgir,
porque o corpo também pede atividades e uma mente feliz.
Mas
e diante dessa situação, o que nós podemos fazer? Penso que podemos fazer a
nossa parte, disseminando a ideia de que as pessoas com deficiência não podem
mais ficar ociosas, precisam sair de casa, trabalhar, fazer comprar, se
divertir e fazer tudo o que todos nós fazemos.
Vale
aqui para finalizar uma dica bem importante: quando você encontrar por aí uma
pessoa com deficiência, pense três vezes antes de perguntar a sua família o que
ela tem, porque ela está assim, pois isso cansa e faz com que muitas famílias
não saiam de casa com seus filhos para não terem que passar por essas situações.
E chamá-los de coitadinhos: NEM PENSAR! Uma pessoa com deficiência pode ser tão
ou mais feliz que qualquer um de nós: basta que ela tenha o direito de se
sentir parte de um mundo que é para todos. Pense sobre isso.
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