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quarta-feira, 14 de novembro de 2012


E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, ONDE ESTÃO?

 

                Organizada pela Comissão da Política Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência aconteceu em Farroupilha, de 21 a 28 de agosto, a Semana das Pessoas com deficiência, com o tema: “Em busca de igualdade. Estamos aqui!”.

                O tema por si só já nos diz muito sobre a situação em que se encontra a grande parcela da população que possui algum tipo de deficiência, seja ela física, intelectual, auditiva ou visual. À margem da sociedade alguns tentam fazer parte dos mesmos círculos sociais que nós (pessoas sem deficiências mais aparentes).  Outros, desencorajados, já não tentam mais, ficam literalmente isolados.

                No isolamento, dentro de suas próprias casas, e sem ocuparem funções sociais que lhes permitam sentirem-se úteis no seu dia a dia, começam a desenvolver doenças mentais que agravam ainda mais a sua situação de possível inclusão na sociedade. Surgem então atitudes estranhas e bizarras e as pessoas a sua volta acreditam que isso acontece devido a sua deficiência, como sendo algo normal, já esperado.

                Não, isso não é normal e nenhuma deficiência irá desencadear comportamentos estranhos simplesmente pela deficiência. O contexto social, o ambiente onde esse sujeito vive irá definir como será seu desenvolvimento, como serão suas atitudes, exatamente como acontece com todas as outras pessoas. Afinal, quando falamos de pessoas com deficiência, estamos falando de seres humanos que se desenvolvem pela mesma lógica que os da mesma espécie.

                Logo, o que essas pessoas com deficiência precisam para manterem-se saudáveis mentalmente é de atividades, ocupação, lazer, trabalho, como todos nós. Experimentem vocês ficarem dentro de casa por meses a fio, sem exercer atividades laborais, sem precisar se ocupar com atividades domésticas, sem necessitar sair de casa para fazer compras, fazer pagamentos, se divertir com amigos.

                Vocês já devem estar concluindo: “eu iria enlouquecer”. Pois é isso mesmo que acontece com aquelas pessoas com deficiência que ficam encerradas em suas próprias casas. A loucura aparece, porque nossa mente precisa estar em constante funcionamento para se manter saudável. Doenças fisiológicas também podem surgir, porque o corpo também pede atividades e uma mente feliz.

                Mas e diante dessa situação, o que nós podemos fazer? Penso que podemos fazer a nossa parte, disseminando a ideia de que as pessoas com deficiência não podem mais ficar ociosas, precisam sair de casa, trabalhar, fazer comprar, se divertir e fazer tudo o que todos nós fazemos.

                Vale aqui para finalizar uma dica bem importante: quando você encontrar por aí uma pessoa com deficiência, pense três vezes antes de perguntar a sua família o que ela tem, porque ela está assim, pois isso cansa e faz com que muitas famílias não saiam de casa com seus filhos para não terem que passar por essas situações. E chamá-los de coitadinhos: NEM PENSAR! Uma pessoa com deficiência pode ser tão ou mais feliz que qualquer um de nós: basta que ela tenha o direito de se sentir parte de um mundo que é para todos. Pense sobre isso.

               
Laura Cristina Nardi Callegari - Psicopedagoga

               

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